terça-feira, 16 de março de 2010

A urgência dos BRIC's como novos atores no século XXI


Com o fim da Guerra Fria, historiadores e especialistas em política internacional previram que a partir dali os rumos do cenário mundial seriam comandados pela superpotência americana sem resistências dos demais atores estatais. Desse modo, presumiram que a década de 90 daria início a um longo período conhecido como Pax Americana (em refência à Pax Romana de Augusto César), porém a última década do século XX não foi tão tranquila assim. Andando ao lado da aparente hegemonia estado-unidense, observou-se eclodirem crises econômicas por todo o palneta e crises humanitárias ainda piores como, por exemplo, os casos da Guerra do Kosovo e do genocídio em Ruanda.
Todos esses problemas acabaram por expôr um ainda maior: a incapacidade norte-americana de gerenciar sozinha crises globais. Daí então, surgiu na virada do século XX a emergência por se encontrar novos atores que pudessem posicionar-se como protagonistas nas discussões e resoluções de diversos temas da agenda global, isto é, que países assumissem seus papéis como potências e atuassem em nome de toda uma região.
Em 2001, o economista inglês Jim O'Neill da Goldman Sachs criou o termo BRIC, um acrônimo para Brasil, Rússia, Índia e China, com o intenção de designar qual seria o grupo de países que direcionariam e dariam suporte para a economia global durante o século XXI. Observou-se durante esta última década que a presença internacional destes quatro não cresceu somente nas áreas econômica e financeira, mas que também estes países estão mais atuantes do que nunca em debates acerca da segurança internacional, direitos humanos e meio ambiente etc. Deste modo, assumindo cada vez mais um espaço anteriormente vedado aos países em desenvolvimento e exclusivo dos países europeus e dos EUA, os quais não vêem com bons olhos essa ascensão global dos BRIC's. Entretanto sabendo que tal processo é inevitável, tentam retardá-lo e gerenciá-lo, evitando assim um fim dos holofotes sobre si mesmos.

Por Rafael C. S. Barriento

1 comentários:

Aniely disse...

esta oficina, foi ótima!. força BRICS, vai ter que lutar muuiito!