quinta-feira, 22 de abril de 2010

Poder e Multilateralismo nas Relações Internacionais


O poder é questão central nas relações entre pessoas, nas relações entre políticos e acima de tudo, nas Relações Internacionais. As discussões abarcam todas as instâncias, desde econômicas, políticas, culturais e militares, passando inclusive por sociais.
A hegemonia de um único Estado é algo positivo ou negativo? Ou pode se pensar que, apesar de ter mais poder que todos os outros atores um único Estado não tenha o necessário para organizar o Sistema Internacional.
Dentro desses questionamentos as teorias buscam analisar as relações de poder de acordo com a quantidade de atores que se destacam na Sociedade Internacional. Fala-se de uma Pax Britânica ou Romana, na época em que esses se caracterizavam como Império de poder maior que todos os Estados. Fala-se também do sistema Bipolar da Guerra Fria, quando EUA e URSS dividiam os dois pólos de poder mundial, e fala-se agora, na era da globalização, de um Sistema Multipolar, já que é cada vez maior o número de atores com poder para alterar as Relações Internacionais.
Essa nova organização mundial leva a um aumento dos debates na busca por solução para problemas que são visto como ameaças a todos, a exemplo do terrorismo e das mudanças climáticas. Surge, desse modo, a necessidade de Organizações Internacionais (OIs) que se coloquem como um novo foro de discussão onde se possam pronunciar todos os atores ali representados, numa busca conjunta por novas medidas.
Mas como trazer mais efetividade para essas organizações e evitar que sejam um instrumento de manobra de alguns países sem que as negociações sejam atravancadas por falta de acordo entre os Estados?
Esse questionamento traz à tona que muito ainda precisa ser discutido não só dentro das próprias OIs, mas inclusive e principalmente por todos aqueles Estados que se colocam como atores internacionais. Desse modo, para que se conclua qual a melhor maneira possível com que esses Estados possam participar, sejam eles desenvolvidos, emergentes ou mesmo países que necessitam ajuda humanitária para sair de uma situação interna caótica, como o Haiti, é preciso mudança. E essa mudança deve começar em cada instância das sociedades e governos nacionais, para que algo possa ser feito em um cenário internacional de modo que o Multipolar realmente seja caracterizado por diversos pólos de poder!

Por Lais Beltrão Silva

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